Reflexões acerca das experiências na Educação Infantil

inquietações a partir de entrevistas com professoras

Abstract

O presente artigo propõe discutir a noção de experiência, conceito central da Base Nacional Curricular Comum para a Educação Infantil. O interesse pelo debate é também desdobramento de uma pesquisa de cunho qualitativo e caráter transversal, que teve interesse em compreender de que modo professoras de Educação Infantil compreendem a noção de subjetividade e o seu lugar no processo de ensinar e aprender. Foram entrevistadas nove professoras a partir da ferramenta da entrevista semiestruturada. Em suas respostas as educadoras afirmaram comumente a função de fomentar experiências junto aos educandos. Esta centralidade do conceito afirmada na lei e reafirmada no discurso das educadoras contrasta com a ausência de uma definição de experiência no documento base. Desta forma, problematizamos a noção de experiência como abertura para a aprendizagem pela via do encontro e da singularidade da criança, orientado ou não por um projeto político pedagógico, mediado ou não pelo educador. Concluímos com esta reflexão que é necessário carregarmos de sentido a compreensão da experiência como centralidade para o aprendizado desde uma perspectiva que aposte na singularidade da criança.